sexta-feira, 8 de março de 2013

Paul Churchland e o problema da mente

Considerações a cerca do texto de Paul Churchland
O problema aqui apresentado consiste na curiosidade do ser humano com relação a sua própria consciência e sobre a natureza de sua inteligencia. Embora o tema não seja um total mistério. A filosofia tem se apresentado como uma maneira de entender tal problemática, que se apresenta entrelaçada com tantas outras ciências da mente como a psicologia, a inteligencia artificial, a neurociência, a etologia e a teoria da evolução, contribuindo de modo efetivo para a discussão a cerca da natureza da mente, tema anteriormente exclusivo da filosofia. As ciências acima apresentadas contribuem de forma efetiva para a formação e justificação de uma teoria a respeito da consciência humana, que tem por finalidade encontrar uma teoria da consciência, que baseada na ciência e permeada pela discussão filosófica, possa ser apresentada como a melhor teoria sobre a explicação da natureza da consciência. Essa abordagem nos apresenta logo de inicio problemas e o primeiro deles é chamado problema ontológico, ou seja, a questão da justificação da existência da consciência como ser e de que modo esse ser se apresenta em -si. Esse problema é mais conhecido como problema mente – corpo. Para tentar justificar essa dualidade o texto nos apresenta duas teorias distintas, por um lado o materialismo, que acredita que o que conhecemos como processos de estados mentais são resultado mecânico de um organismo sistemático e complexo. De outro existem as teorias dualistas da mente, que acreditam que os processos de estados mentais não são físicos, mas dependem de um funcionamento racional não orgânico abstrato. Outro problema apresentado tem relação com o significado dos processos dos estados mentais ou problema semântico, ou seja, a questão sobre o significado dado aos termos correspondentes aos estados mentais, e se esses termos efetivamente correspondem aos mesmos. A primeira justificativa, diz que o sentido que damos aos processos de estado mental especifico partem de um estado consciente individual e que por serem individuais, os estados mentais ou o significado destes estados podem variar internamente, mesmo que fisicamente a exteriorização de estado sejam idênticos entre todos os indivíduos, levando nos assim a uma especie de ceticismo com relação ao conhecimento do significado semântico exterior a consciência individual de quem as sente. Sendo assim , o ceticismo nesse caso consiste em afirmar que é impossível conhecer o significado dos termos relativos aos estados mentais para os outros, tendo em vista que os estados mentais fazem parte de um conjunto de significados individuais constituídos a partir de determinada condição, como por exemplo a dor. Uma segunda abordagem semântica esta relacionada a criação de conceitos linguísticos que tenham como função apresentar os estados mentais como objetos que podem ser explicáveis a partir de um conjunto de relações fisicamente explicáveis e que são pensadas a partir de um conceito linguístico objetivo, essa abordagem é de preferencia dos materialistas enquanto os dualistas preferem uma abordagem introspectiva dos estados mentais. Alem dos problemas acima citados existe ainda o problema que diz respeito a apreensão dos processos mentais ou processo cognitivos pelo qual conhecemos os estados mentais . Essa problemática tem duas partes, a primeira é chamada de problema das outras mentes, que consiste na ideia cética de que é impossível identificar quais processos epistêmicos os indivíduos aprendem seus estados mentais e que ferramentas são necessárias para tal, e se essas ferramentas e meios de aprender são iguais aos meus. A segunda parte do problema consiste em identificar a origem da introspecção dos processos mentais que se apresentam para mim de forma evidente, ou seja, como posso eu ser autoconsciente tendo o mesmo aparato físico de outrem e mesmo assim não conseguir identificar a resposta a primeira parte do problema epistemológico? Essa e outras questões a cerca da forma de como se deve ser uma ciência da mente serão abordadas pelo autor no restante do livro.

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